Num curso de formação podem surgir três tipos de formandos:
- os que estão motivados
- aqueles cuja motivação é nula
- e ainda os desmotivados (que é sinónimo de estarem contra a formação).
- criar vontade de ...
- predispor para ...
- chamar a atenção para ...
Como se motivam os adultos para a aprendizagem?
- motivação inicial – mostrar interesse pelos motivos que levaram os formandos a frequentarem aquele curso, saber o que esperam aprender, saber das suas experiências anteriores...;
- estar motivado – ninguém consegue motivar se não estiver motivado, isto implica: mostrar domínio do assunto (autoconfiança e segurança);
- ser expressivo – capacidade de comunicação, haver sintonia entre a expressão verbal e a não verbal (palavras e gestos), a voz com inflexão;
- distribuir o olhar por todos os participantes (troca de olhares) – o olhar não deve ser nem persistente nem fugidio, deve olhar mostrando mais interesse na pessoa do que no que ela diz;
- apelo à participação – implica e responsabiliza os formandos pela sua própria aprendizagem, ao mesmo tempo que demonstra interesse por saber o que pensam ou sabem sobre o assunto;
- a linguagem usada deve ser adequada aos destinatários – se o grau de escolaridade for baixo, a linguagem deve ser simples e com alguns cuidados no uso de siglas, estrangeirismos ou expressões muito técnicas; se pelo contrário o grau de escolaridade for elevado, a linguagem deve ser técnica;
- usar o humor – desde que usado moderadamente e devidamente contextualizado, facilita a evocação do assunto que estava a ser tratado.
As novas perspectivas sintetizam uma série de princípios psicopedagógicos comuns a todas as tarefas de ensino-aprendizagem e chamam a atenção para a existência de diferentes tipos de aprendizagem consoante a natureza da tarefa a aprender.
Estes princípios básicos são um esforço de conciliação entre as várias teorias, funcionando também como estratégias de motivação dos formandos:
- estabelecer a ideia de conjunto da tarefa a aprender;
- relacionar os conhecimentos e as habilidades a adquirir com os já adquiridos;
- orientar a atenção dos formandos para os elementos novos da tarefa a aprender;
- fomentar a participação dos formandos;
- nos primeiros momentos da aprendizagem orientar os formandos, mas retirar progressivamente essa orientação, a fim de permitir que se responsabilizem pela sua própria aprendizagem;
- criar condições que desenvolvam a capacidade de transferência de conhecimentos e habilidades a novas situações;
- dar feedback desenvolvendo nos formandos a capacidade de se auto-avaliarem;
- criar um clima afectivo conducente à aprendizagem;
- avaliar as aprendizagens dos formandos e a eficácia do desempenho do formador.
- definir os objectivos gerais de aprendizagem. Esta definição deve ser suficientemente flexível de modo a permitir a ocorrência de aprendizagens não previstas nos objectivos;
- desdobrar os objectivos gerais em objectivos específicos, tendo em conta a estrutura do sujeito, a estrutura da tarefa e o tipo de aprendizagem exigida por estes dois factores;
- decidir quais os conhecimentos ou habilidades de base que os sujeitos já devem possuir para poderem iniciar a tarefa de aprendizagem;
- sequenciar a aprendizagem de forma a que os sujeitos sintam que estão a fazer progressos;
- pensar em algumas actividades que formador e formando possam desenvolver no decurso da sessão.
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